Projetos brasileiros para os 8 ODM da ONU são debatidos em evento da AMF
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No final de semana de Páscoa, a Antonio Meneghetti Faculdade (AMF) realizou uma iniciativa inédita no país colocando o Brasil no centro do debate internacional sobre os 8 Objetivos do Milênio (ODM) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os dias 2 e 4 de abril, em São Paulo, os alunos e professores do curso de pós-graduação Business Intuition, empresários, políticos, representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs), profissionais liberais e jovens de todo o Brasil se reuniram com especialistas mundiais em um curso sobre a preparação de projetos relacionados aos ODM e Responsabilidade Social Empresarial (RSE) segundo as diretrizes das Nações Unidas.
O encontro, intitulado “Crises Planetárias: Soluções para os Objetivos do Milênio propostos pela ONU e pela Escola de Formação Ontopsicológica”, foi ministrado pela Dra. Hanifa Mezoui, ex-Chefe do Setor de ONGs do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA) da ONU, atual presidente da Associação UN-NGO-IRENE; e pelo Dr. François Loriot gt;, vice-presidente da Associação Internacional de Formadores em ODM (AIFOMD), ex-Chefe da Divisão Legal e ex-Conselheiro do Secretário Geral da ONU.
Com o apoio do United Nations Institute for Training and Research (Unitar) e da Associação Internacional de Ontopsicologia (AIO), o curso também teve a participação da Dra. Pamela Bernabei, representante AIO junto às Nações Unidas. O evento contou com palestras sobre os motivos que levaram a ONU a criar os 8 ODM, os avanços brasileiros neste tema, o papel das ONGs no processo de globalização, as diferenças entre Responsabilidade Social e Filantropia, as iniciativas brasileiras de RSE e as propostas e inovações da Escola de Formação Ontopsicológica em relação aos ODM. “Nossa metodologia é fornecer instrumentos, ferramentas que permitirão a vocês tornarem os objetivos do milênio parte de suas profissões, de seus objetivos pessoais, de sua família e de sua vida social”, esclareceu o canadense François Loriot.
Os palestrantes também apresentaram o relatório de especialistas e lideranças internacionais sobre as relações da ONU com a sociedade civil, elaborado em 2004 por uma comissão coordenada pelo ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, a pedido do então Secretário Geral das Nações Unidas Kofi Annan. “A sociedade civil e outros grupos sociais são importantes porque sua experiência e conexões sociais podem ajudar a ONU a fazer um trabalho melhor, aumentando sua legitimidade, expandindo recursos, habilidades, criando prioridades.” relatou a Dra. Hanifa Mezoui, argeliana que também é professora da Universidade Sciences Po, de Paris e representante permanente para as Nações Unidas e ECOSOC da Associação Internacional dos Conselhos Econômicos e Sociais e Instituições Similares (AICESIS).
Neste evento, realizado na sede da FOIL São Paulo, mantenedora da AMF, os 120 participantes apresentaram aos palestrantes projetos e iniciativas brasileiras de que fazem parte e que contribuem para os ODM. Entre eles, destacou-se o Centro Internacional de Arte e Cultura Humanista Recanto Maestro, que foi apresentado em 2007, em Genebra, na Annual Ministerial Review Innovation Fair do ECOSOC da ONU como um dos projetos brasileiros que contribuem para os 8 Objetivos do Milênio. “Quando eu conheci o Recanto Maestro, disse que se tratava de um projeto Vila do Milênio, algo que nós da ONU estamos fazendo agora. E Recanto Maestro já faz isto há 25 anos: respeito ao meio ambiente, geração de empregos, promoção da arte, respeito à cultura e às pessoais locais... Tudo o que é feito no Recanto Maestro é um aplicação dos Objetivos do Milênio”, disse a Dra. Hanifa Mezoui.
Em sua exposição, a Dra. Pamela Bernabei, consultora italiana da Foil Internacional, fez menção à conferência que o Acadêmico Professor Antonio Meneghetti, presidente da AIO, fez em 2001, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Neste evento, Meneghetti falou sobre como os líderes intelectuais devem se empenhar para o desenvolvimento estável da humanidade e ressaltou o papel da ONGs, conduzidas sobretudo por jovens, como propostas práticas de inteligência operativa no interior das Nações Unidas.