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Gestão do Conhecimento e Ontopsicologia
No início dos anos 1990, impulsionada pelo aumento exponencial da difusão de informações, resultante da globalização e do avanço da internet, surge a disciplina de Gestão do Conhecimento. Seu rápido crescimento como área multidisciplinar e estratégica se deu, em grande parte, pela valorização do conhecimento no meio empresarial, que passa a considerá-lo como sendo o principal ativo competitivo da organização. Despertando o interesse acadêmico e reunindo pesquisadores de áreas como Sistemas de Informação, Computação, Educação, Sociologia, Psicologia e Engenharia, a Gestão do Conhecimento inaugura um novo modelo de análise socioeconômica e comportamental, procurando sustentar cientificamente a anunciada “Sociedade do Conhecimento”1, uma sociedade onde o acesso democrático à informação reduziria as diferenças sociais. Passados alguns anos, é sabido que a gestão do conhecimento está ancorada em modernos sistemas computacionais e complexas plataformas para gerenciamento de informações, mas também é notória a falta de uma epistemologia que a sustente como área de conhecimento científico. A gestão do conhecimento é, de fato, feita por pessoas que empregam seus próprios critérios para julgar a informação. Mais que isso, a seleção de informações pode ser pautada em variáveis inconscientes para o indivíduo. Temos então uma lacuna em aberto: o sujeito do conhecimento. É ele quem dá o critério ao conhecimento, seja ele um cientista, um empresário, um engenheiro, um médico, etc.. Mas como se certificar de que o conhecimento seja exato, que produza os resultados esperados e não gere a dispersão das opiniões que depois não se revelam coincidentes com a realidade dos fatos?
MENDES, A. M. M. Gestão do Conhecimento e Ontopsicologia. In: FUNDAÇÃO ANTONIO MENEGHETTI (Org.). Ontopsicologia: ciência interdisciplinar. Recanto Maestro: Fundação Antonio Meneghetti, 2015.